domingo, 5 de outubro de 2008

Sobre Perdão e Liberdade

Hoje você precisa me ouvir, é tudo que te peço

Sei que isso tudo cansa e você nem sabe mais de onde vem o cansaço

E você olha pro espelho e pergunta: “eu mereço?”

Você se perdeu no meio da bagunça, sorriu... e te arrastaram pelo braço


E todos te pedem, te perguntam, te confundem e te prometem

A mesma velha história de que podem te dar tudo, mas nunca agora

E você tem raiva, desiste, chora, mas não odeia... não merecem

A própria vida é medida provisória, se aqui dentro cansa, tenta lá fora


Não vou te prometer que tudo vai dar certo no fim

Espero que sim, mas não vou mentir, nem te dar falsas certezas... perdoe

Sei que cobram muito de você, e também cobram de mim

Mas não vamos pagar a estupidez deles com nossa tristeza... não hoje


Eu prometo esquecer o guarda-chuva, se você prometer rir de “cara feia”

Eu levo cola, tesoura e giz de cera; você desenha céu sem nuvem, mar e baleia

Prometo abraçar uma pessoa estranha, se você prometer acordar depois do meio-dia

Às vezes, quando se perde é que se ganha, se perde sanidade e se ganha poesia


Eu queria consertar todas as coisas, tanto quanto você

Mas se não dá pra mudar tudo, é melhor fazer pouco do que nada

Se tudo parece não ter sentido, não sofra tentando entender

E saiba que nunca terá sido em vão, aonde quer que leve a estrada

Um comentário:

Clarice disse...

Meu querido escritor, este texto pareceu ser sido escrito para mim. Você é ótimo :D Obrigada.