sexta-feira, 28 de março de 2008

Do Behaviorismo Radical às piadas porcas do seu tio

O Behaviorismo é uma ciência que estuda o comportamento. O Behaviorismo Radical é uma corrente anti-mentalista proposta por B. F. Skinner. Fundamenta-se na suposição de que agimos (nos comportamos) em função das conseqüências (reforçadores). Por exemplo, trabalhamos porque recebemos um salário, ou porque nos sentimos realizados de alguma maneira, seja ela qual for.

Segundo o Behaviorismo Radical, o comportamento pode ser condicionado, através do Condicionamento Operante. Um estímulo (uma ação) tem como conseqüência uma resposta (um efeito) que pode ser reforçadora (agradável) ou não. A resposta pode não ser reforçadora quando houver Punição (castigo) ou Extinção (o estímulo não produzir resposta). Pode parecer surpreendente, mas, para eliminar um comportamento, a Extinção é mais eficaz do que a Punição.

Pode-se ilustrar os referidos conceitos através dos seguintes exemplos:

· Você está com sede, abre a torneira e bebe água (Reforço Positivo);

· Você está com sede, abre a torneira e leva um choque (Punição);

· Você está com sede, abre a torneira e não sai nada (Extinção).

Certo, agora é a hora de colocar isso em prática. Vai haver uma confraternização, uma festa, um churrasco ou sei lá o quê na sua casa ou de um parente seu. Como sempre, aquela galera fazendo um barulho desgraçado: aquele bando de criança correndo de um lado para o outro sem nenhuma lógica aparente (não culpo elas, eu também fazia isso, creio eu); aquela sua avó te achando muito magro e pálido (“Esse menino precisa de um fortificante”; geralmente, essa é a fala dela); aquela sua tia achando que você cresceu, está bonito e “corado” (sem comentários sobre isso); e aquele seu tio que é um pseudo-positivista de plantão, que se julga o cara racional e prático querendo saber que porra você vai fazer da tua vida. Ele está tão preocupado com você que não percebe que a vida dele é uma merda e o filho dele não é, nem de longe, o sujeito mais produtivo deste mundo.

OK, você só queria cair fora dali, talvez pra ouvir música num canto qualquer ou sei lá o quê. Mas nessas reuniões quase sempre há cerveja ou qualquer coisa alcoólica (o que, convenhamos, por um lado é bom) e há o seu efeito colateral: o tio embriagado que se julga o cara engraçado. Muitas vezes, ele é o mesmo tio que assa a carne, no entanto, há algumas exceções. De qualquer forma, ele costuma mandar piadas horríveis pra cima de você também (o cara é um franco atirador mandando ver pra qualquer lado).

É aqui que entra o ponto que faz toda a diferença: se você rir (reforçar o comportamento dele) você está perdido. Eu sei, na hora você vai sentir pena dele. Ele vai te olhar com aquela cara meio inchada, aqueles olhos pequenos, aquela aparência de cordeiro montanhês e você vai se sentir tentado a esboçar pelo menos um sorriso simpático após a piada infame que ele contar. Mas não se engane, se você rir, dez minutos depois, você é o alvo das piadas dele. E você está cercado pelos seus parentes, que, movidos por risos compulsivos, trazem os dentes à mostra. Você é um filhote de zebra, com a pata quebrada, cercado por um bando de hienas famintas.

Para evitar esta situação, você não precisa se valer da Punição, mesmo porque, como já foi dito, ela não é a melhor saída. Acertar o cara com um espeto engordurado ou com um pedaço de pernil, não vai resolver o problema de ninguém. A solução é simples, quando ele contar a piada pra você, basta não rir (Extinção). Pode parecer que eu estou exagerando, mas, por favor, pelo seu próprio bem, apenas não ria.


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Burrhus Frederic Skinner

É muita cara de Skinner pra um sujeito só!

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We, the yogurts, are better than you, because...

terça-feira, 25 de março de 2008

terça-feira, 18 de março de 2008

Grunge, o Peixe

Este blog é dedicado a um peixe muito especial.

O meu peixe.

Ele se chamava Grunge, era um peixe beta; mas ele morreu.

Não, isso não é uma metáfora. Eu só tinha um peixe, chamado Grunge, ele passava o tempo todo virado com a parte lateral do corpo pra cima. E a gente só sabia que ele estava vivo, quando colocava comida no aquário e ele subia até a superfície pra comer.

Porra, eu não estou tentando ser engraçado.

Eu só tinha um peixe.

Um peixe chamado Grunge.

Mas ele morreu.


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sábado, 15 de março de 2008

Kurt Cobain e o Urso do Neoliberalismo



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